Por William Tonet, para a Folha 8 Dgital
O GENOCÍDIO! Aconteceu no Monte Sumi. Localidade, encravada no planalto central, no Km 30, da província do Huambo, Angola.
De nada vale MENTIR.
As provas estão aí!
Foram momentos de terror, ordenados por gente estruturalmente maldosa, hipócrita e assassina, que “não vê meios para manter os fins”. Eles assassinaram, com ordens expressas de não haver testemunhas, nem sobreviventes! Fazem-no sempre, repetidamente, que já se tornou um costume, por não haver consequências, nem internas, nem externas.
Temos de reagir; CONTRA OS ASSASSINOS
Temos de gritar; CONTRA O GENOCÍDIO
Temos de denunciar; OS RESPONSAVÉIS JUNTO DO TPI
É hora de cada um fazer a sua parte para salvar o país da hecatombe, para onde José Eduardo dos Santos e sua equipa, nos quer soterrar.Sigamos o exemplo, daquele, que emergindo do centro da própria maldade, foi comovido pela insensibilidade humana dos que “gatilhavam” para despedaçar os corpos inocentes de crentes, que tombavam como se fossem objectos.
A Ordem era para matar, matar, matar.
No final, voluntária ou involuntariamente, Dos Santos veio, do cimo do pedestal, como grande monarca dizer, que não “toleraria a seita de Kalupeteka”, fez justiça prévia, como sempre o juiz, esconderá as leis e ditará a sentence que o chefe quer: condenar Kalupeteka, por um crime não cometido e omitir o genocídio.
Este GENOCÍDIO, não foi o primeiro no curriculum do MPLA, mas o é no século XXI, não só pela qualidade dos meios empregues, na violência boçal e gratuita, como na quantidade de cidadãos, no caso, cristãos, barbaramente assassinados, para que a sua crença fosse expulsa da geografia angolana.
Jurei não mais continuar cobarde, enquanto a maldade e os assassinos, continuam alcandorados em poltronas, a dirigir e monitorar as nossas vidas, os nossos medos, os nossos temores, os nossos receios.
É hora de dizer BASTA.
Eu estou farto deste sistema que se diz republicano, no papel, mas é monárquico na realidade. Farto de um sistema que é, a luz da sua própria constituição 99% parlamentar e 1% republicano, vide art.º 109.º, mas se efectiva, através de elucubrações jurídicas e gabinetais, com 99% presidencial e 1% parlamentar, segundo art.º 105.º, que inconstitucionalmente, consagra um órgão, como de soberania: Presidente da República, quando nunca foi eleito, nem directa, nem indirectamente.
Estou enojoado por esta crueldade, da interpretação da norma jurídica, mesmo que não seja nada que eu não soubesse, nem tivesse provado na pele, mas pelo renovar de uma monstruosidade, num regime que apaga e paga tudo com o petróleo e os dólares da corrupção.
Do alto da sua catedra, o MPLA mandatando um procurador geral adjunto da República MENTIR descaradamente, Adão Adriano, um juiz militar a dar interpretação bajuladora a lei, general Cristo (insensível as violações e injustiças, contra os seus conterrâneos de Cabinda) e um bastonário da Ordem dos Advogados de Angola a agir como se fosse um agente do SINFO, infiltrado no seio da classe, cassaram a minha carteira profissional de advogado, visando descredibilizar e arruinar-me política e economicamente, por continuar a pensar pela minha cabeça e não bajular um regime, cada vez mais hediondo e com práticas sanguinárias.
Para um regime, que tem do Direito uma visão difusa, diabólica e mais retrógada que a praticada em 1215, no século XIII, quando os súbditos ingleses e o monarca João Sem Terra, rubricaram o primeiro Pacto do Constitucionalismo: a “Magna Carta”, não posso ficar indiferente a mais este GENOCÍDIO.
Eles questionam a minha formação académica e “confiscaram” o diploma/papel, mas não conseguirão o meu diploma mental. Eles temem as teses doutrinárias de uma Filosofia moderna e inovadora do Direito que infundo nas minhas acções. Um direito que trata de ser cúmplice da Lei e dos Costumes, como bem se aprende nas muralhas das grandes universidades, como da UBA, onde sou candidato a magistratura do doutoramento. Essa instituição blinda ainda mais a minha convicção de não verger-me a bajulação e as políticas monárquicas.
Vamos pois lutar e denunciar as práticas dantescas e mais este GENOCÍDIO do Monte Sumi, no Huambo, onde por ordem do regime foram barbaramente assassinadas mais de 1000 cristãos.