Depois do massacre genocida, leigos que sobreviveram são perseguidos e presos em Angola

Denúncia foi feita pelo advogado e activista Ângelo Kapuacha à rádio Vozda América:

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Manuel José — 29.07.2015 15:57

O coordenador da organização não governamental Fordu Ângelo Kapuacha denuncia mais detenções e perseguição aos fiéis do líder da seita Adventista do Sétimo Dia à Luz do Mundo José Julino Kalupeteka no Huambo.

Fiéis de Kalupeteka continuam a ser detidos, diz activista. Ouça o áudio: 2:55

“As detenções continuam e antes de ontem foram soltos 54 deste processo menos o líder, Kalupeteka, que continua preso, paradoxalmente foram detidas esta semana 11 pessoas da mesma igreja na Caala, 14 no Longondjo, e oito pessoas na comuna do Alto Hama”, denunciou Kapuacha.

De acordo com o jurista e activista cívico, o assunto virou negócio.

“Estão a exigir aos detidos o pagamento de uma caução de 18 a 40 mil cuanzas para serem postos em liberdade, mas sem uma acusação formal, e pelas condições em que se encontram estas pessoas, fugindo desde Abril, elas não têm qualquer poupança, são chantageadas de pagamento de caução para justificarem a sua permanência nas cadeias”, continuou.

Para o jurista e activista social não existe qualquer fundamento jurídico para estas detenções.

Kapuacha acredita que a prisão de Julino Kalupeteka e seguidores é mais de carácter político.

“Se a prisão de Kalupeteka fosse do interesse da justiça já não estaria preso porque juridicamente Kalupeteka não cometeu crime nenhum, não é autor moral porque não existem provas bastantes de que tenha sido ele dado ordens para matar os nove policias, assim como ainda é nebulosa a informação de que tenham sido mesmo eles a assassinarem estes policias”, questiona o advogado”.

Kapuacha lembra que o líder da seita A Luz do Mundo foi detido depois de uma ordem do Presidente da Republica.

“Estas perseguições e mortes, umas públicas e outras escondidas, decorrem da execução desta ordem, significa que a ordem do Presidente da República está em curso em execução”, concluiu

O Procurador Geral da Republica garantiu que 60 detidos do processo Kalupeteka já foram postos em liberdade.

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