Clipping de noticiário oficial: Como foram as sessões desta terça e quarta no julgamento dos leigos ligados a Kalupeteka

Terça — Huambo: Fiéis de Kalupeteka negam participação em homicídios

Clipping de noticiário oficial: Como foram as sessões desta terça e quarta no julgamento dos leigos ligados a Kalupeteka

Os cinco réus ouvidos até ao momento pelo Tribunal Provincial do Huambo, dos 10 acusados de crimes de homicídios que envolvem o líder da seita religiosa “Adventistas do Sétimo Dia A Luz do Mundo”, José Kalupeteca, negaram em juízo, nesta terça-feira, a sua participação nos delitos. Os mesmos assumiram-se apenas como membros da organização e residentes do Monte Sumi.

No prosseguimento do julgamento iniciado segunda-feira, os quatro arguidos ouvidos (João Zacarias, Amós Cangombe, Cipriano Colembe e Inocêncio Nunda) negaram “qualquer envolvimento” nos crimes a que são acusados, tal e qual Filipe Quintas, interrogado segunda-feira, após a leitura das acusações.

A sessão desta terça ficou marcada pela ameaça de abandono da sala, feita pela defesa dos réus, encabeçada pelo advogado David Mendes.

Ouvidos individualmente pelo juiz presidente da causa, Afonso Pinto, os quatro arguidos assumiram-se como simples membros da seita “Adventista do Sétimo Dia A Luz do Mundo”, vulgarmente conhecida por Igreja Kalupeteka, fundada e liderada pelo cidadão nacional José Julino Kalupeteka, um dos acusados.

Por orientação do seu advogado, os réus limitaram-se a responder questões que convinham à instância do juiz presidente da causa, bem como à instância da defesa, escusando-se do interrogatório do Ministério Público.

Contudo, informaram que José Julino Kalupeteka, auto-intitulado servo de Deus, os tinha informado, um dia antes dos incidentes que resultaram na morte de nove polícias e 13 seguidores da seita, da deslocação ao local dos polícias.

O interrogatório prossegue nestaquarta-feira, na 1ª sessão da sala dos crimes comunas do tribunal, com audição de mais quatro arguidos, ficando para o dia seguinte o interrogatório do líder da seita, José Julino Kalupeteka, acusado de nove crimes de homicídio qualificado.

Quarta — Seguidor de Kalupeteka confirma fabrico de “mocas” um dia antes dos confrontos com à Policia

O co-réu Gabriel Esperança Justino, de 54 anos da idade, acusado de crime de homicídio, que envolve o líder da seita religiosa “Luz do Mundo”, José Kalupeteka, confirmou nesta quarta-feira, no Tribunal do Huambo, ter encontrado quatro membros da organização a fabricarem paus aguçados (mocas) um dia antes dos confrontos que vitimou nove agentes da Polícia Nacional.

O réu, que antes da sua detenção exercia a função de enfermeiro num dos centros de saúde pública do município da Caála, disse ser membro e seguidor do auto-intitulado servo de Deus, mas que em momento algum envolveu-se nos crimes de que é acusado pelo Ministério Público.

No terceiro dia do julgamento, iniciado segunda-feira, o réu confessou em juízo ter visto quatro membros e seguidores da seita a fabricarem estes instrumentos, que segundo o Ministério Público foram usados para o assassinato dos agentes da Polícia Nacional, desconhecendo o objectivo da fabricação de tais objectos por ter sido a sua primeira viagem ao Monte Sumi.

No prosseguimento das audições foram ouvidos ainda os co-réus Agostinho Canguengue e Carlos Cussucula, que ao contrário de Gabriel Esperança Justino, limitaram-se a responder as questões que convinha à defesa, descurando-se do interrogatório do Ministério Público.

Todavia, os dois arguidos assumiram-se como seguidores de quem chamaram de “pai Kalupeteka” para justificar que a sua estada no Monte Sumi devia-se às perseguições que vinham sofrendo de membros de igrejas em que pertenciam antes de ingressarem à organização.

Noutra parte do interrogatório, os réus confirmaram da existência de uma guarnição no local, tendo em conta a presença constante de cidadãos desconhecidos e de falsos professores, que por sua vez se deslocavam ao local acompanhados da Bíblia Sagrada e quantidades não especificadas de estupefacientes (vulgo liamba), com propósito de desviarem os féis da seita para condutas nada abonatórias.

Até ao momento foram ouvidos oito arguidos dos 10 acusados de crime de homicídio qualificado.

O interrogatório prossegue quinta-feira com audição dos co-réus Hossi Luacuty Vilinga e José Julino Kalupeteca, este último, líder da seita e acusado de nove crimes de homicídio qualificado. Na mesma sessão serão igualmente ouvidos os declarantes.

No processo, o Ministério Público acusa os co-arguidos de co-autoria moral e concurso real nos crimes de homicídio qualificado, sob forma frustrada; homicídio qualificado, sob a forma consumada; crime de desobediência; de danos materiais; de resistências e de posse ilegal de arma de fogo, previstos e puníveis pelo Código Penal e legislação avulsa vigente.

Durante a fase de inquérito e instrução preparatória, o Ministério Público ouviu 89 seguidores de Kalupeteca, detidos com o seu líder, dos quais 79 foram postos em liberdade por não se ter provado o seu envolvimento nos crimes alegados no processo.

As acusações deduzidas pelo Ministério Público, de acordo com o processo, assentam nas provas documentais, materiais e fotos.

O incidente ocorrido monte do Sumi, no município da Caála, 49 quilómetros da cidade do Huambo, resultou no assassinato de nove agentes da Nolícia Nacional, por elementos afectos esta seita religiosa, quando o efectivo cumpria um mandado de captura contra o líder desta organização, emitido pela Procuradoria-Geral da República na província do Bié.

Entre as vítimas consta o comandante da corporação no município Caála, superintende-chefe Evaristo Catumbela, o chefe das operações da Polícia de Intervenção Rápida nesta província, intendente Luhengue Joaquim José, o instrutor da Polícia de Intervenção Rápida, sub-inspector Abel do Carmo, o 1º sub-chefe João Nunes, os agentes Luís Sambo, Castro Hossi, Manuel Lopes e Afonso António, assim como o delegado do Serviço de Inteligência e Segurança Interna do município da Caála, António Afonso.

FonteS:

http://www.portalangop.co.ao/angola/pt_pt/noticias/politica/2016/0/3/Huambo-Fieis-Kalupeteka-negam-participacao-homicidios,8d58a617-a2ff-48ba-8621-393c5a141234.html

http://www.portalangop.co.ao/angola/pt_pt/noticias/politica/2016/0/3/Huambo-Seguidor-Kalupeteka-confirma-fabrico-mocas-dia-antes-dos-confrontos-com-Policia,457bda34-e1a9-4bf3-a2c7-6a1b5bd5a682.html

Comentário:

Helio: Muita mentira eu estou sempre presente no Julgamento na provincia do Huambo em nenhum momento os seguidores de Kalupeteka admitirao fabricar mocas, estes Jorna..listas do Angono..ticia sao uma mer..da, seus filhos da Pu..ta destes Jornalistas voces querem é provocar uma Guerra civil em Angola com as vossas calunia e fanatismo pelo governo do MPLA.

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